Cisco de alma...
Acha que entende das coisas.
Tão antiga...
empoeirada...
em alguma gaveta guardada.
Saiu e quer se aparecer...
um cisco de pequena
em meio ao pó...
E desejosa de dar dó.
Quer crescer...
vê se pode...
até escrever...
Vou limpar tudo,
a poeira...
e dar-lhe caneta e papel...
eu prometo.
Vai ver esta alma metida
só queira escrever um soneto.
Tudo o que é simples
tem um quê de cor
que chama a atenção
e nem tão simples é
se envolver amor.
Tudo o que é simples
toca a alma ao ver
e água nos olhos
faz aparecer.
Tudo o que é simples
é o mais complicado...
e o riso das flores se faz namorado.
Mas é assim...
que simples se faz...
momentos de paz,
com pequenas coisas raras...
pessoas que nos são caras...
e a lembrança doce
que nos faz pensar:
Como não amá-las?
Para fazer muitas coisas
não é preciso mais que um...
mas juntos se faz com mais prazer,
mais carinho,
mais juntinho.
Juntos se tenta saber
o que o outro precisa ter
mais do que a si mesmo...
a sua felicidade
é o meu contentamento.
De que você precisa?
Atenção...
cuidado...
carinho?
O que eu posso fazer por você?
Te aquecer...
Te dar de comer...
Sorrir ao te ver crescer?
Ou deixar-te dormir no meu colo
e entender o seu olhar
ao acordar...
de quem só quer amor
comida
um passeio
e um cantinho pra ficar?
Amigo...
entenda uma coisa...
Eu nunca vou te deixar.
um cisco de pequena
